quinta-feira, 3 de julho de 2008

medos


Todos os meus medos
Moram numa grande caixa
Que eu escondo embaixo da cama.
De lá eles gritam meu nome
E eu da cama finjo não ouvir,
Tento dormir.

Numa linda caixa com belas fitas,
Guardo as mágoas e dores,
Vez por outra as olho
Pra relembrar que fui menos feliz.

Os amores, guardo em pequenas garrafas.
Quando a solidão me abraça,
As abro e sinto o inebriante cheiro da paixão.

Os meus sonhos.
Esses eu não guardo.
Esses repousam no meu travesseiro quando durmo,
Mas me seguem pelas ruas,
Pelos ares, bares e calçadas dos caminhos.
Esses é que me guardam.
...
Delírios de Diogo Monteiro