Deus tem me ensinado que não vale a pena perder a grande oportunidade de agrader pelo único e verdadeiro tesouro que ele nos concede: A VIDA.
Fazer 31 anos não é tão emblemático quanto fazer 30, mas a sequência dos aniversários anteriores me permite dizer que passei pelo melhor dos útlimos anos. O acúmulo de vitórias profissionais e pessoais embalam essa data e me desperta vontade de partilhar com meus seguidores. Comemorei liberdades, perdões, amizades, meu reecontro com Deus. Aos 31 anos posso me orgulhar do caminho que venho trilhando, da pessoa que sou, da família (Buscapé) que possuo, dos amigos que fiz e das histórias que vivi. Então, no último dia 10, reuni um grande grupo de pessoas que considero importantes e celebrei tudo de precioso que meu Deus me tem permitido experimentar. Senti, naturalmente, a ausência de algumas pessoas que o tempo levou de mim e de outras que por um motivo ou outro não puderam aparecer. Contudo, estavam comigo como todos os outros.
Não trabalhei direito por dois dias em revezamento de festas pelas salas de aula por onde passei: o carinho dos meus alunos é compensador e dá sentido a quase tudo no trabalho que faço.
Aniversário em tempos de orkut e de outras mídias eletrônicas facilita o encontro de amigos e parentes distantes e muda a forma de convite: econômica, rápida e eficiente. Pessoas dos mais diversos departamentos da minha vida, alguns que conheço há quase 15 anos, outros conheci ali. Completamente perdida tentando dar atenção a todos sem, obviamente, conseguir. Tivemos uma festa alegre, em suma. E posso dizer com certeza o quanto sou feliz e realizada. E que absolutamente tudo tem valido a pena, sobretudo o que nos últimos anos julguei (estupidamente) nao valer.
No mais... deixo Affonso Romano de Sant'Anna discorrer sobre a doce e sagrada liberdade que existe nas mulheres de 30...
"Fazer 30 anos é mais que um rito de passagem, é um rito de iniciação, um ato realmente inaugural. Talvez haja quem faça 30 anos aos 25, outros aos 45, e alguns, nunca. Sei que tem gente que não fará jamais 30 anos. Não há como obrigá-los. Não sabem o que perdem os que não querem celebrar os 30 anos. Fazer 30 anos é coisa fina, é começar a provar do néctar dos deuses e descobrir que sabor tem a eternidade. O paladar, o tato, o olfato, a visão e todos os sentidos estão começando a tirar prazeres indizíveis das coisas. Fazer 30 anos, bem poderia dizer Clarice Lispector, é cair em área sagrada.
(...)
Quando alguém faz 30 anos, não creiam que seja uma coisa fácil. Não é simplesmente, como num jogo de amarelinha, pular da casa dos 29 para a dos 30 saltitantemente. Fazer 30 anos é cair numa epifania. Fazer 30 anos é como ir à Europa pela primeira vez. Fazer 30 anos é como o mineiro vê pela primeira vez o mar....
(...)
Na verdade, fazer 30 anos não é para qualquer um. Fazer 30 anos é, de repente, descobrir-se no tempo. Antes, vive-se no espaço. Viver no espaço é mais fácil e deslizante. É mais corporal e objetivo. Pode-se patinar e esquiar amplamente.
Aos 30 já se aprendeu os limites da ilha, já se sabe de onde sopram os tufões e, como o náufrago que se salva, é hora de se autocartografar. Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema. Fazer 30 anos é como uma pedra que já não precisa exibir preciosidade, porque já não cabe em preços. É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer.
Fazer 30 anos é passar da reta à curva. Fazer 30 anos é passar da quantidade à qualidade. Fazer 30 anos é paSobressar do espaço ao tempo. É quando se operam maravilhas como a um cego em Jericó.
Fazer 30 anos é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar."
Fazer 31 anos não é tão emblemático quanto fazer 30, mas a sequência dos aniversários anteriores me permite dizer que passei pelo melhor dos útlimos anos. O acúmulo de vitórias profissionais e pessoais embalam essa data e me desperta vontade de partilhar com meus seguidores. Comemorei liberdades, perdões, amizades, meu reecontro com Deus. Aos 31 anos posso me orgulhar do caminho que venho trilhando, da pessoa que sou, da família (Buscapé) que possuo, dos amigos que fiz e das histórias que vivi. Então, no último dia 10, reuni um grande grupo de pessoas que considero importantes e celebrei tudo de precioso que meu Deus me tem permitido experimentar. Senti, naturalmente, a ausência de algumas pessoas que o tempo levou de mim e de outras que por um motivo ou outro não puderam aparecer. Contudo, estavam comigo como todos os outros.
Não trabalhei direito por dois dias em revezamento de festas pelas salas de aula por onde passei: o carinho dos meus alunos é compensador e dá sentido a quase tudo no trabalho que faço.
Aniversário em tempos de orkut e de outras mídias eletrônicas facilita o encontro de amigos e parentes distantes e muda a forma de convite: econômica, rápida e eficiente. Pessoas dos mais diversos departamentos da minha vida, alguns que conheço há quase 15 anos, outros conheci ali. Completamente perdida tentando dar atenção a todos sem, obviamente, conseguir. Tivemos uma festa alegre, em suma. E posso dizer com certeza o quanto sou feliz e realizada. E que absolutamente tudo tem valido a pena, sobretudo o que nos últimos anos julguei (estupidamente) nao valer.
No mais... deixo Affonso Romano de Sant'Anna discorrer sobre a doce e sagrada liberdade que existe nas mulheres de 30...
"Fazer 30 anos é mais que um rito de passagem, é um rito de iniciação, um ato realmente inaugural. Talvez haja quem faça 30 anos aos 25, outros aos 45, e alguns, nunca. Sei que tem gente que não fará jamais 30 anos. Não há como obrigá-los. Não sabem o que perdem os que não querem celebrar os 30 anos. Fazer 30 anos é coisa fina, é começar a provar do néctar dos deuses e descobrir que sabor tem a eternidade. O paladar, o tato, o olfato, a visão e todos os sentidos estão começando a tirar prazeres indizíveis das coisas. Fazer 30 anos, bem poderia dizer Clarice Lispector, é cair em área sagrada.
(...)
Quando alguém faz 30 anos, não creiam que seja uma coisa fácil. Não é simplesmente, como num jogo de amarelinha, pular da casa dos 29 para a dos 30 saltitantemente. Fazer 30 anos é cair numa epifania. Fazer 30 anos é como ir à Europa pela primeira vez. Fazer 30 anos é como o mineiro vê pela primeira vez o mar....
(...)
Na verdade, fazer 30 anos não é para qualquer um. Fazer 30 anos é, de repente, descobrir-se no tempo. Antes, vive-se no espaço. Viver no espaço é mais fácil e deslizante. É mais corporal e objetivo. Pode-se patinar e esquiar amplamente.
Aos 30 já se aprendeu os limites da ilha, já se sabe de onde sopram os tufões e, como o náufrago que se salva, é hora de se autocartografar. Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema. Fazer 30 anos é como uma pedra que já não precisa exibir preciosidade, porque já não cabe em preços. É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer.
Fazer 30 anos é passar da reta à curva. Fazer 30 anos é passar da quantidade à qualidade. Fazer 30 anos é paSobressar do espaço ao tempo. É quando se operam maravilhas como a um cego em Jericó.
Fazer 30 anos é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar."