terça-feira, 19 de maio de 2009

Saudades de mim...


Tive um doce reencontro com essa fotografia: Exatamente 28 anos atras... (Opa..!)
E desde que revi essa imagem, iniciou-se um processo de autoenamoramento, de nostalgia...
Cabelos arrumados em lateral, olhar suave. ombros caídos enfatizando um ar de desproteção. Em que momento da vida perdemos essa forma de olhar? Acho que Quintana explica melhor:

Mario Quintana

Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que me mataram
Foram levando qualquer coisa minha...
E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada...
Arde um toco de vela, amarelada...
Como o único bem que me ficou!
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão, avaramente adunca,
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada!
Aves da Noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!