domingo, 10 de maio de 2009

O inominável


O que fazer quando somos intimados (cotidianamente!) a presenciar e deglutir secamente tudo aquilo que mais se ojerizamos. Tudo aquilo que, outrora, com toda civilizade, respeitamos e aceitamos. Você sai de cena e deixa o palco para novos protagonistas. Entende-se consigo mesmo e com o mundo. Respeita suas próprias dores, bem como a felicidade dos que pediram pra executar o próximo ato. Os anos passam e alguem decide que nada disso foi suficiente e as cortinas do passado se reabrem: é o próximo ato.
O que vem com ele? E não estivermos prontos? Que diálogos devem ser travados? O que, afinal, esperam de nós?
Até que a cortina outra vez se feche, os atos seguem-se um após o outro, no improviso, sem que consigamos mudar o roteiro ou sem poder cortas as cenas.