Se você perguntar: por onde anda meu coração? te respondo: não sei. Por aí, tão vago. Pelas ruas, pela neblina, pela chuva. Anda meio bambo, meio torto, meio gauche, como sempre foi. Não busca, não procura, não espera - só caminha de acaso a acaso, nessas indoloridades que não matam nem acrescentam. Algumas poucas aspirações, porém nada de novo: são aquelas que sempre existiram e persistem, irracionalmente, a despeito de todo tempo que se passa. Tem sono leve, quase irriquieto. Aquele jeito quase perdido de quem ferra em insônia toda madrugada em pensamentos febris.
Se ele volta? Digo que sim: mas só depois que a saudade se afastar de mim. Só depois que a saudade se afastar de mim.
Se ele volta? Digo que sim: mas só depois que a saudade se afastar de mim. Só depois que a saudade se afastar de mim.