Hoje encontrei tuas pistas... deixaste tudo por aqui... desalinhos, aromas, vícios... Alguns restos de palavras, migalhas de carinho, suor no travesseiro. As indiferenças, as decisões de-uma-vez-por-todas, as inconstâncias, pedaços de ti (...) Hoje esse apartamento repleto de rastros que nem cheiro de perfume raro, distante, coisa do acaso, consegue ofuscar.
Hoje também a percepção das noites intermináveis, lancinantes, a literatura madastra, palavras utópicas, sobretudo a não-palavra, o fel do não-dito, do porvir. Ah.. o vir a ser... o que faço com isso?
Ainda assim, nada tens a buscar. Tuas pistas não são tuas. Deixe-as comigo para que eu possa reuni-las, refazê-las e transformá-las na maior e mais duradoura insignificância.
Hoje também a percepção das noites intermináveis, lancinantes, a literatura madastra, palavras utópicas, sobretudo a não-palavra, o fel do não-dito, do porvir. Ah.. o vir a ser... o que faço com isso?
Ainda assim, nada tens a buscar. Tuas pistas não são tuas. Deixe-as comigo para que eu possa reuni-las, refazê-las e transformá-las na maior e mais duradoura insignificância.