Um texto que sempre releio qdo quero, sobretudo, entender a difícil relação que tenho com o tempo.Ele nos leva a um mundo soberbo, onde “o tempo não passa, ele gira em circulos”, como dizia Ursula.
Neste conto miraculoso de Gabriel, temos mortos que vivem, chuva de flores amarelas, borboletas que dizem quando alguem irá aparecer, temos o conhecimento do esbanjamento, guerras, chacinas, esquecimentos de uma populaçao toda, temos o final da estirpe de um familia que de acordo com o velho cigano Melquiades so poderia ter passado pela Terra, apenas por cem anos de solidao, onde o primeiro dos Buendia morre debaixo de um castanheiro e o ultimo morre comido por formigas carnivoras.
Márquez me mostrou como um mundo das fabulas é bonito e tao ficticio que as vezes nos faz querer migrar para esta terra longiqua que este grande “conto de fadas”.
Não posso relatar partes do livro, porque esta familia dos Buendias nos atrapalha com seus nomes sempre iguais e com estorias de que depois de lido o livro não sabemos quem é quem e se realmente todos não são apenas um…
Realmente não tenho o que falar, só posso elogiar, faltam-me palavras para relatar tamanha grandeza passada para mim nesta poesia de Gabriel Garcia Márquez.
Fica aqui dito que a pessoa que morre sem conhecer a “poesia fabulosa” Gabriel Garcia Márquez merece voltar à vida para le-lô.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
Quem te viu, quem te vê
Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Quando o samba começava, você era a mais brilhante
E se a gente se cansava, você só seguia adiante
Hoje a gente anda distante do calor do seu gingado
Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
O meu samba se marcava na cadência dos seus passos
O meu sono se embalava no carinho dos seus braços
Hoje de teimoso eu passo bem em frente ao seu portão
Pra lembrar que sobra espaço no barraco e no cordão
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Todo ano eu lhe fazia uma cabrocha de alta classe
De dourado eu lhe vestia pra que o povo admirasse
Eu não sei bem com certeza porque foi que um belo dia
Quem brincava de princesa acostumou na fantasia
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade, por favor não dê na vista
Bate palmas com vontade, faz de conta que é turista
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Quando o samba começava, você era a mais brilhante
E se a gente se cansava, você só seguia adiante
Hoje a gente anda distante do calor do seu gingado
Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
O meu samba se marcava na cadência dos seus passos
O meu sono se embalava no carinho dos seus braços
Hoje de teimoso eu passo bem em frente ao seu portão
Pra lembrar que sobra espaço no barraco e no cordão
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Todo ano eu lhe fazia uma cabrocha de alta classe
De dourado eu lhe vestia pra que o povo admirasse
Eu não sei bem com certeza porque foi que um belo dia
Quem brincava de princesa acostumou na fantasia
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade, por favor não dê na vista
Bate palmas com vontade, faz de conta que é turista
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Boas novas....
Aos meus amigos, minha família... Bons ventos de felicidade voltam, depois de um longo e tenebroso inverno....
Torcer para tudo correr bem....
(figas...)
Torcer para tudo correr bem....
(figas...)
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
êxtase em Drummond...
te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Eu nunca te amei idiota
As coisas mudam e eu espero que nada aconteça
Mas sempre acontece toda vez que eu perco a cabeça...
Eu digo frases que parecem ter saído de uma novela
E de repente lá se vai a TV pela janela...
Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Cinzeiros voando, livros rasgados, discos quebrados no chão
Desta vez é pra sempre até alguém implorar por perdão...
Eu escondi seu retrato embaixo do meu travesseiro
Vá embora, quebre a cara
Eu queimei seu dinheiro...
Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Eu nunca te amei idiota
Mas sempre acontece toda vez que eu perco a cabeça...
Eu digo frases que parecem ter saído de uma novela
E de repente lá se vai a TV pela janela...
Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Cinzeiros voando, livros rasgados, discos quebrados no chão
Desta vez é pra sempre até alguém implorar por perdão...
Eu escondi seu retrato embaixo do meu travesseiro
Vá embora, quebre a cara
Eu queimei seu dinheiro...
Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Eu nunca te amei idiota
domingo, 9 de dezembro de 2007
Deixa a menina
Dedico essa canção aos levianos da vez.... E, especialmente, a uma amiga muito querida... (kkkkkkk)
Não é por estar na sua presença
Meu prezado rapaz
Mas você vai mal
Mas vai mal demais
São dez horas, o samba está quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz
Eu não queria jogar confete
Mas tenho que dizer
Cê tá de lascar
Cê tá de doer
E se vai continuar enrustido
Com essa cara de marido
A moça é capaz de se aborrecer
Por trás de um homem triste
Há sempre uma mulher feliz
E atrás dessa mulher
Mil homens, sempre tão gentis
Por isso, para o seu bem
Ou tire ela da cabeça
Ou mereça a moça que você tem
Não sei se é pra ficar exultante
Meu querido rapaz
Mas aqui ninguém
O agüenta mais
São três horas, o samba está quente
Deixe a morena contente
Deixe a menina sambar em paz
sábado, 8 de dezembro de 2007
Sorri
Sorri
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri
Quanto tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doloridos
Sorri
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri
Quanto tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doloridos
Sorri
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
AMORES APERTADOS...
"Sabe aqueles banheiros mínimos, que quando um entra o outro tem que sair? Tem amores que parecem um banheiro apertado: só cabe um.
Ela ama o cara. Interessa-se pela sua vida, seu trabalho, seus estudos, seu esporte, seus amigos, sua família, enfim, ela está inteira na dele. Ele, por sua vez, recebe isso de muito bom grado mas não retribui. Não pergunta pelo trabalho dela, pelas angústias dela, por nada que lhe diga respeito. Ela, obviamente, não gosta desta situação, mas vai levando, levando, levando, até que um belo dia sua paciência se esgota e ela tira o time de campo. Aí ele entra.
De repente, como num passe de mágica, ele se dá conta de como ela é legal, de como ele tem sido distante, de como vai ser duro ficar sem a sua menina. Então ele a torpedeia com e-mails e telefonemas carinhosos. Mas ela é gata escaldada, não vai entrar nessa de novo. Ele insiste. Quer vê-la, quer que ela entenda que ele é desse jeito tosco mesmo, mas que no fundo ela é a mulher da vida dele. Ela é gata escaldada mas não é de gelo: então tá, vamos tentar de novo. Ela entra com tudo.
Com a namorada resgatada, ele se isola novamente em seu próprio mundo, deixando-a conduzir tudo sozinha. É ela quem o procura, é ela que o elogia, é ela que arma os programas, é ela que lembra das datas, é ela, tudo ela, só ela. Quer saber: tô fora!
Aí ele entra. Pô, gata, prometo, juro, ó: vou cobrir você de carinho. E não é que ele cumpre? Passa a tratá-la como uma deusa, superatencioso, parece outro homem. Ela aceita a deferência, mas não entra mais nesse jogo. Simplesmente não retribui o afeto dele, quase nunca telefona, sai com as amigas toda hora, e ele ali, no maior esforço. Ela esnobando, ele tentando, ela se fazendo, ele se declarando. Até que ele enche: tô
fora.
Aí ela entra. E ele esfria, e ela cai fora, e ele volta, e seguem neste
entra-e-sai até o desgaste total.
Bom mesmo é amor em que cabem os dois juntos." (MM)
Ela ama o cara. Interessa-se pela sua vida, seu trabalho, seus estudos, seu esporte, seus amigos, sua família, enfim, ela está inteira na dele. Ele, por sua vez, recebe isso de muito bom grado mas não retribui. Não pergunta pelo trabalho dela, pelas angústias dela, por nada que lhe diga respeito. Ela, obviamente, não gosta desta situação, mas vai levando, levando, levando, até que um belo dia sua paciência se esgota e ela tira o time de campo. Aí ele entra.
De repente, como num passe de mágica, ele se dá conta de como ela é legal, de como ele tem sido distante, de como vai ser duro ficar sem a sua menina. Então ele a torpedeia com e-mails e telefonemas carinhosos. Mas ela é gata escaldada, não vai entrar nessa de novo. Ele insiste. Quer vê-la, quer que ela entenda que ele é desse jeito tosco mesmo, mas que no fundo ela é a mulher da vida dele. Ela é gata escaldada mas não é de gelo: então tá, vamos tentar de novo. Ela entra com tudo.
Com a namorada resgatada, ele se isola novamente em seu próprio mundo, deixando-a conduzir tudo sozinha. É ela quem o procura, é ela que o elogia, é ela que arma os programas, é ela que lembra das datas, é ela, tudo ela, só ela. Quer saber: tô fora!
Aí ele entra. Pô, gata, prometo, juro, ó: vou cobrir você de carinho. E não é que ele cumpre? Passa a tratá-la como uma deusa, superatencioso, parece outro homem. Ela aceita a deferência, mas não entra mais nesse jogo. Simplesmente não retribui o afeto dele, quase nunca telefona, sai com as amigas toda hora, e ele ali, no maior esforço. Ela esnobando, ele tentando, ela se fazendo, ele se declarando. Até que ele enche: tô
fora.
Aí ela entra. E ele esfria, e ela cai fora, e ele volta, e seguem neste
entra-e-sai até o desgaste total.
Bom mesmo é amor em que cabem os dois juntos." (MM)
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede.
Cora Coralina (outubro, 1981)
Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede.
Cora Coralina (outubro, 1981)
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Boomerang blues
Tudo o que você faz
Um dia volta pra você
Tudo o que você faz
Um dia volta pra você
E se você fizer o mal
Com o mal mais tarde você vai ter de viver
Não me entregue o seu ódio
Sua crise existencial
Preliminares não me atingem
O que interessa é o final
E não me venha com problemas
Sinta sozinho o seu mal
O boomerang vai e volta
E só fica quando consegue acertar
E eu sou como um boomerang
Quando eu acerto é pra matar
Como um boomerang tudo vai voltar
E a ferida que você me fez é em você que vai sangrar
Eu tenho cicatrizes
Mas eu não me importo não
Melhor do que a sua ferida aberta
E o sangue ruim do seu coração
Me sinto mal lembrando o que aconteceu
Você tentou roubar
Mas o boomerang agora é meu.
(R.R.)
domingo, 2 de dezembro de 2007
Um dia de domingo...
Tudo bem, cansei! Hoje é domingo... Espera-se tanto por ele e quando chega é uma multidão de impossibilidades. Não há como preencher a ferida do domingo.
Acordar, café, passear com o cachorro, horas perdidas... antes o calor do lençol, antes ter ficado na cama. Alguém diria: "tanta vida lá fora, pessoas, oportunidades", talvez tenham razão, mas antes que eu responda, uma amiga diz: "não, hoje é domingo. A ferida abriu-se, estranho sangue jorra daí.
Celulares entram em ação, comunicadores instantâneos... onde estão os amigos? Todos tentando cicatrizá-lo. Almoçar? juntemos algumas pessoas, falemos, dancemos, banalizemos, tudo para recheá-lo.
O que deveria ser escape, transforma-se na sessão tortura:pelos bares pessoas perdidas, em busca de si mesmas ou de reaver o que a vida lhes tirou. Outras simplesmentes choram ao som de trilhas sonoras dominicais e litorâneas ou lamentam o amor perdido no fundo do copo. Eu, por minha vez, às vezes imito, outras observo e sempre compreendo.
Domingo é um estado de espírito ... de espírito atormentado necessitando ser exorcizado.
Como preenchê-lo, como refazê-lo? Lugar comum a resposta: preenchendo-se, refazendo-se, nem que seja com uma boa noite de sono.
Acabou? Em parte: espírito dominical não exorcizado jamais terá o perdão dos sonhos. Eles te aguardam, só para trazer de volta, matreiramente, o que o domingo não conseguiu te fazer esquecer.
Acordar, café, passear com o cachorro, horas perdidas... antes o calor do lençol, antes ter ficado na cama. Alguém diria: "tanta vida lá fora, pessoas, oportunidades", talvez tenham razão, mas antes que eu responda, uma amiga diz: "não, hoje é domingo. A ferida abriu-se, estranho sangue jorra daí.
Celulares entram em ação, comunicadores instantâneos... onde estão os amigos? Todos tentando cicatrizá-lo. Almoçar? juntemos algumas pessoas, falemos, dancemos, banalizemos, tudo para recheá-lo.
O que deveria ser escape, transforma-se na sessão tortura:pelos bares pessoas perdidas, em busca de si mesmas ou de reaver o que a vida lhes tirou. Outras simplesmentes choram ao som de trilhas sonoras dominicais e litorâneas ou lamentam o amor perdido no fundo do copo. Eu, por minha vez, às vezes imito, outras observo e sempre compreendo.
Domingo é um estado de espírito ... de espírito atormentado necessitando ser exorcizado.
Como preenchê-lo, como refazê-lo? Lugar comum a resposta: preenchendo-se, refazendo-se, nem que seja com uma boa noite de sono.
Acabou? Em parte: espírito dominical não exorcizado jamais terá o perdão dos sonhos. Eles te aguardam, só para trazer de volta, matreiramente, o que o domingo não conseguiu te fazer esquecer.
AS POSSIBILIDADES PERDIDAS
"Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida." (M.M- trecho)
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida." (M.M- trecho)
sábado, 1 de dezembro de 2007
A Impontualidade do amor
(Texto atribuído erroneamente à Luis Fernando Veríssimo)
Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar.
Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Triiiiiiiiiiiimmm!
É sua mãe...
Quem mais poderia ser? amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada.
Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver.
Por que o amor nunca chega na hora certa? agora, por exemplo... ... que você está de banho tomado e camisa jeans.
Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio uma locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.
O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste.
Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole.
O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: ... o amor é onipresente. Agora a segunda: ...mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. O amor odeia clichês.
Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde... depois de uma discussão e... as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. ...
Idealizar é sofrer !
Amar é surpreender !
(Martha Medeiros)
Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar.
Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Triiiiiiiiiiiimmm!
É sua mãe...
Quem mais poderia ser? amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada.
Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver.
Por que o amor nunca chega na hora certa? agora, por exemplo... ... que você está de banho tomado e camisa jeans.
Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio uma locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.
O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste.
Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole.
O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: ... o amor é onipresente. Agora a segunda: ...mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. O amor odeia clichês.
Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde... depois de uma discussão e... as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. ...
Idealizar é sofrer !
Amar é surpreender !
A César o que é de César
Não se pode negar que a internet trouxe consigo uma maior oportunidade de acesso ao texto literário. Todavia, a rede mundial é responsável também pela divulgação de textos incompletos, enxertados, mesclados e adulterados ao bel prazer de quem os publica. Comum também é termos textos de autores desconhecidos atribuídos a poetas consagrados como Drummond, Florbela Espanca e Cecília Meireles, só para citar alguns. Até aí novidade alguma, mas é de doer ver textos piegas ou de auto-ajuda atribuídos à obra pessona, por exemplo. Só quem nunca leu um verso de Fernando Pessoa poderá crer em tal absurdo.
Lê-se por aí nos orkuts, blogs e flogs, como se fosse de Shakespeare, o texto de Veronica Shoffstall, intitulado "Um dia você aprende que..." Qualquer pessoa com mínima leitura shakespeariana sabe que esse autor jamais escreveu textos de auto-ajuda.
Alguns sites especializam-se em investigar e desmentir equívocos, bem como encontrar o verdadeiro autor de textos tidos como anônimos. Um deles é http://www.autordesconhecido.blogger.com.br
Vale a pena a visita!Lê-se por aí nos orkuts, blogs e flogs, como se fosse de Shakespeare, o texto de Veronica Shoffstall, intitulado "Um dia você aprende que..." Qualquer pessoa com mínima leitura shakespeariana sabe que esse autor jamais escreveu textos de auto-ajuda.
Alguns sites especializam-se em investigar e desmentir equívocos, bem como encontrar o verdadeiro autor de textos tidos como anônimos. Um deles é http://www.autordesconhecido.blogger.com.br
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